Fogos de artifício, pular sete ondas, comer sementes de romã, escolher a cor da roupa de acordo com o que quer para o ano e fazer pedidos — muitos pedidos! O ano novo cai justamente em capricórnio, então não poderiam faltar tradições de todos os tipos — algumas até meio ultrapassadas, mas que mantemos simbolicamente.

Quando vira o ano (e, seguindo nossa brasileiríssima tradição brasileira de pegar no tranco mesmo só depois do carnaval), o telefone de um astrólogo não pára! Normal: todos querem saber como vai ser o ano que está chegando.

Mal, isso não vai fazer. Mas existe um momento para todo e qualquer ser humano (ou animal! ou lugares! ou empresas!) que é muito mais determinante sobre como serão os próximos meses do que o réveillon. Estamos falando da revolução solar, o ano novo pessoal da astrologia.

Quando um astro dá uma volta completa em torno do Sol, chamamos isso de “revolução” ou “retorno”. O de Saturno, o mais temido de todos, ocorre a cada 29 anos. No caso do Sol, quem faz a volta é a Terra. De volta às aulas de ciências: o ciclo completo leva aproximadamente 365 dias e seis horas. Trocando em miúdos: é o aniversário do indivíduo.

É como se, a cada ano, você estivesse naquele ponto do universo em que lhe foi concedida a dádiva desta atual vida. Poderoso, não? É por causa disso que a data é muito mais importante para cada pessoa. Ninguém mais no mundo tem aquela mesma configuração astral.

E aí vêm mais tradições. Tem gente que evita ao máximo comemorar antes — depois, até pode, mas antes, jamais. Tem gente que faz pedidos na hora de apagar as velas do bolo. E tem gente que faz de tudo para passar o dia especial em outra cidade, a fim de absorver energias diferentes para o ano. Devo dizer que são atitudes das mais acertadas, principalmente no momento exato do aniversário.

Mas existe uma pegadinha astral! O momento exato do aniversário quase nunca é aquele que está documentado na certidão de nascimento da pessoa. Isso porque a volta da Terra em torno do Sol não coincide com o número de dias do ano, lembra? Tem um tempinho a mais: são 365 dias e seis horas. A cada quatro anos, o acúmulo dessas horas a mais se transforma em um dia extra no calendário, o ano bissexto, certo? Então: só a cada quatro anos, com essa correção do ano bissexto, o horário do nascimento coincide com o horário de fato do mundo. Mas para tudo se dá um jeito: é possível saber quando será este momento analisando o mapa astral. Ao saber em quantos graus estava o Sol em determinada casa (ou seja: sua posição), o astrólogo consegue calcular a que horas ele estará novamente naquele mesmo lugar.

Daí, dando o horário certo, pare tudo o que estiver fazendo e abra-se para receber as energias do universo para o seu ano pessoal que está começando.

E, se quiser ampliar ainda mais a sua jornada rumo ao autoconhecimento, marque uma consulta com um astrólogo neste período. Uma coisa eu garanto: momento melhor do ano para isso não existe.

Um grande beijo a todos!